As condições para a nova troca de títulos da dívida argentina são "inaceitáveis" e não resolverão a questão pendente desde a moratória de 2001, garantiu nesta quinta-feira o presidente de uma associação de credores nos Estados Unidos, Robert Shapiro.
O governo argentino, que obteve aprovação parlamentar para trocar 20 bilhões de dólares em bônus pendentes, prepara uma oferta que deverá ser apresentada em breve, na cidade de Nova York, segundo a imprensa em Buenos Aires.
"Após cinco anos, os Kirchner propõem uma oferta que não é melhor que a que provocou a crise", disse Shapiro em conversa com a AFP.
A oferta argentina, administrada por três bancos internacionais, Barclays, Citi e Deutsche Bank, pode interessar aos fundos que compraram bônus após a crise.
"Para eles, a oferta é boa no sentido de que compraram uma dívida repudiada com fortes descontos", disse Shapiro, que planeja viajar à Europa novamente para apresentar seus pontos de vista às autoridades e setores políticos.
A Argentina Task Force, que representa cerca de 30 associações e milhares de pequenos investidores americanos, busca no Congresso uma lei que proíba indefinidamente o acesso aos mercados das Nações em moratória.