O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, apresentou alta de 3,65% no acumulado de janeiro a dezembro de 2009. A variação é a mais baixa desde 2006 (2,55%). Em 2008, a taxa havia sido de 6,16% e em 2007, de 4,38%.
[SAIBAMAIS]No ano passado, dos sete grupos pesquisados, o de despesas pessoais liderou o percentual de alta (7,23%), seguido por educação (6,91%) e saúde (6,82%).
Na análise do mês de dezembro, o IPC variou 0,18%, abaixo do resultado do fechamento de novembro (0,29%) e de outubro (0,25%). A maior alta no encerramento do mês passado foi constatada em vestuário (0,81%), puxada, principalmente, pelo aumento de preços das roupas infantis, masculinas e dos calçados em geral.
Os alimentos, que têm forte peso sobre o resultado geral da taxa, apresentaram deflação pela terceira vez seguida, de 0,24%). Na terceira prévia de dezembro, a queda havia sido de 0,17% e na segunda, de 0,10%. No fechamento de novembro, os alimentos apresentaram alta de 0,30%. De acordo com o levantamento da Fipe, entre a terceira prévia de dezembro e o encerramento do ano, alguns produtos tradicionalmente mais consumidos nessa época tiveram variações características do movimento de oferta e procura.
As carnes suínas, bastante procuradas no comércio para a ceia natalina, estavam 2,77% mais caras no período anterior ao Natal e logo em seguida houve uma diminuição no ritmo de reajuste, com a alta passando para o valor médio de 1,94%. O pernil, por exemplo, tinha subido 3,39%, e encerrou o ano com aumento de 1,13%.
Outro produto que é muito consumido nas festas da virada do ano, o bacalhau teve variação mais baixa antes do Natal (-8,60%) e fechou o mês com taxa de -7,50%.
Entre os cereais, o destaque é para o feijão, com queda de 3,24%. O arroz apresentou deflação de 0,02%.
Os demais grupos apresentaram em dezembro as seguintes variações: habitação, de 0,21%, em novembro, para 0,11%; transportes, de 0,35% para 0,43%; despesas pessoais, de 0,44% para 0,53%; saúde, de 0,23% para 0,20%; e educação, de 0,10% para 0,09%.