Jornal Correio Braziliense

Economia

Crédito continuará balizando consumo, afirma dirigente lojista

Em 2010, o crédito para pessoas físicas deverá ter uma expansão de 17%, motivado pela redução de juros reais, incremento da massa salarial e redução do nível de inadimplência das famílias. Nesse cenário, a expectativa é de que as vendas do varejo aumentem em 8,5%. A previsão é do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas ( CNDL ), Roque Pellizzaro Junior. Segundo ele, o crédito continuará sendo muito influente e balizador das relações de consumo, com reflexos diretos principalmente na vendas de bens duráveis, como automóveis, materiais de construção e eletroeletrônicos. Em nota, Pellizzaro diz que no Brasil o comércio representa cerca de 13% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). O país já é o oitavo mercado consumidor do mundo. "O Brasil superou grandes desafios em 2009 e pôde passar de forma segura pelas turbulências que se anteviam para o período", destaca Pellizzaro. De acordo com ele, isso foi possível graças à solidez do sistema financeiro, à inflação sob controle e a programas sociais que possibilitaram significativa transferência de renda e maior participação no consumo das classes C e D. A nota ressalta que, com isso, houve um bom movimento econômico no final do ano, o que permite uma projeção otimista para o país em 2010. Entre 2003 e 2008, afirma Pellizzaro, 25,9 milhões de pessoas entraram na classe média. "Também podemos visualizar, além da atenção às classes C e D, a desconcentração regional das redes de lojas, a internacionalização do varejo, o varejo eletrônico, as mídias sociais e a atenção ao portfólio de produtos como integrantes obrigatórios." Segundo ele, o cliente tem valorizado a qualidade e adquirido produtos de maior valor agregado, "substituindo as marcas premium por marcas próprias ou produtos mais baratos".