A maior companhia aérea do país, a TAM, anunciou a compra da Pantanal, marca que será mantida para uma unidade de aviação regional que poderá usar aviões da Embraer. A Pantanal ficou em novembro com apenas 0,16% do tráfego de passageiros no país. O maior interesse, segundo o presidente interino da TAM, Líbano Barroso, são os direitos de pousos e decolagens da Pantanal no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
A Pantanal possui 196 slots em Congonhas, dos quais 61 serão redistribuídos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) diante de falta de regularidade nos voos. A aquisição acontece em meio ao aumento da competição na aviação regional brasileira, com novas entrantes como a Azul. A pequena empresa está em processo de recuperação judicial e a TAM pagará R$ 13 milhões pela totalidade do capital. A transação ainda precisa de aprovação da Anac. ;Estamos incorporando uma nova linha de negócios para combinar a estratégia de termos uma companhia que opera aviões de menos de 100 lugares;, afirmou Barroso.
Segundo o presidente da TAM, a ideia é renovar a frota da Pantanal, atualmente com três aviões ATR42 de 45 passageiros. ;Talvez faça mais sentido olharmos para aviões ATR ou Embraer;, disse ele, acrescentando que uma decisão sobre o fornecedor sairá no ano que vem. Conforme Barroso, a Pantanal explorará destinos de média densidade e será uma unidade do Grupo TAM. A Pantanal faturou cerca de R$ 70 milhões nos últimos 12 meses e tem 245 funcionários.
A TAM encerrou novembro com participação de quase 44% do mercado nacional de aviação, ante 42,25% da principal rival, Gol. A Azul, que começou a operar há um ano, obteve fatia de 4,31% no mês passado, e a WebJet de 4,56%. ;Agora que temos essa consolidação de nossa posição (líder), vemos como estratégico e importante focarmos nos mercados de média densidade, que são mercados que crescem com mais velocidade que os grandes centros;, justificou Barroso. De acordo com o presidente da TAM, a empresa vinha avaliando a compra da Pantanal há três anos. Apesar disso, ainda não possui um plano de tamanho de frota e prováveis destinos que serão inicialmente atendidos em adição às atuais rotas da empresa adquirida.