Jornal Correio Braziliense

Economia

Pesquisa mostra que crise econômica não afetou maioria das indústrias do Rio

Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), divulgada nesta terça-feira (15/12), mostrou que 43% das indústrias fluminenses não tiveram seu faturamento afetado pela crise financeira internacional neste ano. As empresas esperam encerrar o ano de 2009 com vendas superiores às do ano passado, enquanto 34,1% prevêem estabilidade e apenas 22,9% esperam redução.

[SAIBAMAIS]Intitutlada Perspectivas da Indústria para 2010, a pesquisa foi realizada com 225 indústrias da transformação, exceto a de petróleo e gás. As pequenas e médias empresas totalizam 92,4% da amostra.

Quatro em cada dez empresas apresentaram ritmo de produção maior do que no quarto trimestre do ano passado - período mais crítico da crise. E 64,9% das indústrias do Rio já recuperaram o nível de produção anterior à crise ou operam em patamar superior.

A diretora de Desenvolvimento Econômico da Firjan, Luciana Marques de Sá, disse que os setores mais dependentes do consumo interno estão tendo um desempenho melhor. De acordo com a pesquisa, 71,8% das empresas acreditam que os efeitos da crise serão superados já no primeiro semestre de 2010.

O universo pesquisado envolve 43.336 trabalhadores. O mercado de trabalho também resistiu à crise no setor industrial fluminense, 70% das empresas mantiveram ou mesmo ampliaram o quadro de funcionários. A análise da geração de emprego mostra que 68,8% das vagas foram abertas na área de produção.

Cerca de 56,2% das empresas pretendem iniciar 2010 com ritmo de produção maior que o do primeiro trimestre de 2009 e 42,1% dos empresários prevêem expandir o número de trabalhadores. A pesquisa revela, também, que 95,1% dos entrevistados estão confiantes ou muito confiantes na evolução da economia brasileira no próximo ano.

A maioria das indústrias (60,4%) planeja fazer investimentos no ano que vem, sendo que 68,4% desses investimentos serão efetuados na área produtiva.

;2010 vai ser um ano de forte crescimento e desempenho da economia. O otimismo se reflete em todos os setores da indústria fluminense;, avaliou Luciana.