O diretor executivo da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), Antônio Carlos Borges, afirmou hoje (7), que a principal causa para que as vendas do comércio na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) cresçam 12% neste Natal é a confiança do consumidor. A expectativa é de que o emprego e a renda continuem em alta 2010 e levem a novo aumento de 6% nas vendas sobre 2009, segundo pesquisa realizada pela entidade.
Borges ressaltou que as vendas de Natal deste ano devem ser as melhores desde 1996. ;É um desempenho muito forte para um ano que se imaginava que fosse de crise. No início deste ano, o crescimento da renda real e do aumento de emprego fez com que os consumidores mantivessem um padrão de consumo e isso foi estimulado pelo governo ao longo do ano com políticas de expansão de crédito, juros mais baixos e prazos mais alongados;.
De acordo com as estimativas da Fecomercio, o setor deve fechar o ano com variação positiva de 4% em relação ao ano passado. No segundo semestre, o aumento nas vendas foi de 7%, enquanto no primeiro semestre o índice foi de 1%.
A pesquisa mostra ainda que as perspectivas para 2010 indicam que 8% dos varejistas da RMSP estão otimistas com relação às vendas, 6% acreditam que o crescimento vai ficar na média histórica e 1% estão pessimistas. A venda de bens duráveis deve crescer 8%, de semiduráveis 6% e de bens não duráveis 4%.
Borges explicou que apesar de o cenário ser uma surpresa diante das previsões do período de crise, os brasileiros estão acostumados com esses baques. ;Tanto o consumidor quanto o empresário estão preparados para enfrentar esses processos. E a partir do momento em que no início deste ano não se verificou que a economia agiria como o estimado, as pessoas voltaram para mercado;.
De acordo com a pequisa, ao final de 2009, 48% dos consumidores devem estar endividados e 20% terão contas em atraso. Para 2010, a pesquisa indica que os níveis de inadimplência dependerão das variáveis macroeconômicas. ;Há uma tendência natural que mostra que mais pessoas estão otimistas, porque existe a ideia de que o emprego está seguro, que há perspectivas de promoção profissional, que a inflação está em ritmo menor do que seu salário, então ele percebe que seu poder de compra está maior;.