Os setores que tiveram os piores desempenhos em termos de arrecadação, entre janeiro e outubro, foram o automotivo e o de combustíveis. Números da Receita Federal divulgados nesta segunda-feira (23/11) mostram que a queda chegou a R$ 10,6 bilhões e R$ 8,9 bilhões, respectivamente, durante o período.
[SAIBAMAIS]Os números mostram também que, para estimular a economia diante da crise, as desonerações chegaram a R$ 21,577 bilhões de janeiro a outubro. Esse montante confirma a projeção anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de uma desoneração, este ano, de R$ 25 bilhões.
Os principais tributos a influenciar a arrecadação continuam sendo a Cofins/PIS-PASEP, o Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica e o Imposto sobre Produtos Industrializados, exceto o vinculado à importação. A participação porcentual de cada um deles, no total da diferença, foi de 42,36%, 30,55% e 24,35% respectivamente.
Segundo a Receita, em outubro, foram arrecadados R$ 68,839 bilhões, com crescimento real de 0,90%, em comparação a outubro do ano passado, descontada a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Esse foi o primeiro resultado positivo depois de 11 meses. No ano, a arrecadação acumula R$ 552,475 bilhões, com queda real (descontada a inflação) de 6,83% em comparação ao mesmo período do ano passado.