Ao passo que vê suas receitas aumentarem com artifícios de depósitos judiciais, o governo vem reduzindo sua parcela de dívida em poder do mercado, que caiu pelo segundo mês consecutivo. Em outubro, o passivo mobiliário público caiu 1,1%, passando de R$ 1,488 trilhão para R$ 1,472 trilhão em outubro. Essa redução se deve em grande parte à perda de força da dívida pública mobiliária interna, que reduziu 1,09% em outubro, passando de R$ 1,385 trilhão para R$ 1,370 trilhão no décimo mês do ano. Essa queda na dívida em poder do mercado se deveu ao resgate líquido (parcela da dívida vencida em outubro) de R$ 26,01 bilhões compensado "em parte pela apropriação de juros no valor de R$ 10,94 bilhões", explicou relatório do Tesouro Nacional.
[SAIBAMAIS]Também no que se refere à dívida em poder de investidores estrangeiros, houve redução em outubro, de 1,38% ante setembro, fazendo com que a parcela de débitos mobiliários do governo em poder desses investidores caísse de US$ 58,26 bilhões em setembro para US$ 45,61 bilhões. Esta dívida que geralmente custa menos para o governo vem aumentando a participação desde o início do ano com as emissões de papéis ofertados pelo Tesouro nos mercados norte-americano, europeu e asiático.