O ministro das Comunicações, Hélio Costa, comentou nesta terça-feira (17/11) a venda da GVT para a empresa francesa Vivendi e criticou o fato de a Telefônica ter sido submetida a regras e exigências que não foram impostas à Vivendi. "Eu acho que, quando se faz exigências, têm de ser democraticamente para todos, para todo e qualquer comprador. Não se pode fazer exigências para um lado só, a menos que se tenha uma razão técnica", afirmou o ministro.
[SAIBAMAIS]A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) havia aprovado a venda para qualquer dos dois grupos, mas fez quatro condicionantes à Telefônica para garantir que não haveria efeito danoso à competição no setor. Essas mesmas condicionantes não foram exigidas da Vivendi porque a empresa está entrando no mercado brasileiro, enquanto a Telefônica, que é espanhola, já atua fortemente em São Paulo.
O ministro reconheceu que a vinda do grupo francês para o Brasil deve favorecer a competição e a melhoria dos serviços. "Acho que a entrada de outro competidor no sistema, nacional ou internacional, sempre resulta nisso: em competição, melhores serviços e preços menores para o usuário", declarou.
Ontem o presidente da Anatel, Ronaldo Sardemberg, também considerou positiva a venda da GVT para um grupo que ainda não atuava no país. Para ele, a transação traz a vantagem de novos investimentos no Brasil, além da competição e da queda de preços. A GVT foi comprada pela Vivendi por R$ 7,2 bilhões. O negócio foi fechado na última sexta-feira.