O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, disse hoje (16/11) que foi positiva a venda da empresa de telefonia GVT para o grupo francês Vivendi. A compra interessava também ao grupo espanhol, que já atua no mercado brasileiro por meio da empresa paulista Telefônica.
[SAIBAMAIS]Segundo Sardenberg, a vantagem de a venda ter sido feita ao grupo francês é que se acrescenta mais um grupo econômico ao mercado nacional. "Nosso objetivo é atrair investimentos%u201D, disse o presidente da Anatel. %u201CCom a entrada de um novo grupo no mercado de telefonia, aumentaremos também a competição, gerando impacto tanto na qualidade dos serviços quanto nos preços, na cobertura e no atendimento das empresas."
Na última quinta-feira (12/11), a Anatel havia aprovado, por anuência prévia, a compra da GVT pelos dois grupos. Como o grupo espanhol já atua no setor de telefonia brasileiro, foram apresentadas a ele quatro condicionantes para que a venda pudesse ser concretizada sem causar efeito danoso à competição do setor.
Essas condicionantes exigiam também a manutenção independente das estruturas administrativas, operacionais e comerciais da GVT e do volume de profissionais contratados pela empresa.
Por ainda não atuar no Brasil, as condicionantes não foram dirigidas à Vivendi.
Na sexta-feira (13/11), a GVT anunciou ter recebido uma nova oferta, ampliando de R$ 5,4 bilhões para R$ 7,2 bilhões os valores oferecidos pela Vivendi. Com isso, o negócio acabou sendo fechado com o grupo francês.
Sardenberg participa do seminário internacional Alternativas para o Desenvolvimento da Infraestrutura e do Acesso em Banda Larga, evento promovido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.