Jornal Correio Braziliense

Economia

Apec não quer fim rápido dos planos de estímulo às economias

Os ministros das Finanças do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) rejeitaram nesta quinta-feira (12/11) um fim prematuro dos planos governamentais de recuperação econômica, segundo um comunicado divulgado ao fim de uma reunião em Cingapura. [SAIBAMAIS]"Nós concordamos que o ritmo de implementação das estratégias de saída deve levar em consideração as diferentes etapas da recuperação das economias, o tipo de medidas políticas a retirar e o impacto de nossas estratégias", afirmam os ministros no documento. A reunião dos ministros das Finanças da Apec precede o encontro de cúpula de líderes do fim de semana em Cingapura. No mesmo comunicado, os ministros pedem taxas cambiais vinculadas ao mercado, depois das críticas à rigidez do yuan chinês. "Executaremos políticas monetárias de acordo com a estabilidade dos preços no contexto de taxas cambiais vinculadas ao mercado, que reflitam os fundamentos econômicos", afirma o texto. A atual fragilidade do dólar e a rigidez do yuan provocaram tensões na reunião da Apec, que enfrenta a necessidade de consolidar a frágil recuperação após a mais grave recessão mundial desde 1930. A atual desvalorização do dólar reduz a competitividade dos países asiáticos e da América Latina, tradicionalmente exportadores. Na Ásia, a rigidez do yuan agrava a situação das pequenas economias da região. Ao fim do encontro, o secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, insistiu na importância de um dólar forte para os Estados Unidos.