Jornal Correio Braziliense

Economia

Preço da cesta básica sobe em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese

Os preços dos produtos essenciais subiram em 13 das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Na comparação com o mês anterior houve ampliação das localidades com reajustes, já que em setembro a cesta havia ficado mais cara em dez capitais. [SAIBAMAIS]A maior alta foi em Goiânia (9,20%) com a cesta passando a custar R$ 197,96. Na sequência, aparecem: Belo Horizonte, com alta de 2,37% e valor de R$ 220,52; Rio de Janeiro com 2,33% e R$ 224,75; Aracaju com 2,22% e R$ 168,15; Brasília com 1,76% e R$ 222,07; Curitiba com 1,09% e R$ 216,59; Salvador com 1% e R$ 197,63; Porto Alegre com 0,99% e R$ 248,29 ; Florianópolis com 0,94% e R$ 226,37; João Pessoa com 0,70 e R$ 175,19; Natal com 0,50% e R$ 182,95; Belém com 0,31% e R$ 202,80 e São Paulo com 0,06% e R$ 230,03. Nas demais capitais ocorreram quedas e a mais expressiva foi registrada em Fortaleza com (-1,26%) e R$ 170,29. Em Recife, a cesta ficou 1,10% mais em conta com R$ 176,45; em Manaus caiu -1,01% (R$ 217,17). Como no mês anterior, a cesta mais cara é a de Porto Alegre (R$ 248,29), e a segunda, a de São Paulo (R$ 230,03). No acumulado do ano, apenas duas capitais tiveram aumentos em comparação a igual período de 2008: Belém com 1,88% e Salvador com 2,37%. Já nos últimos 12 meses, a maioria, 10 capitais, apresentaram queda com destaque para Natal (-7,71%) e Fortaleza (-7,13%). Segundo o cálculo do Dieese, o trabalhador deveria receber um salário mínimo 4,49 vezes maior do que o atual em vigor (R$ 465,00) ou o equivalente a R$ 2.085,89 para suprir as necessidades básicas da família, conforme a determinação constitucional no que se refere a garantia de acesso à alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. No período, nas 17 capitais, a compra da cesta comprometeu na média uma jornada de trabalho de 97 horas e 27 minutos, ficando acima do mês de setembro, quando foi estimado em 96 horas e 23 minutos e abaixo de outubro de 2008 (109 horas e 34 minutos). Entre os itens que mais contribuíram para a alta estão a carne bovina e o óleo de soja, com reajustes em todas as capitais, seguidos pelo açúcar e o tomate, mais caros em 14 localidades. O maior aumento de preço da carne ocorreu, em Goiânia (10,78%). Conforme a análise técnica do Dieese, em outubro esse produto teve demanda mais aquecida no mercado internacional. Além desse fato, outro motivo que contribuiu para a alta foi a redução da oferta da carne argentina. A tendência, no entanto, é de que a produção nacional seja favorecida por causa da chuva mais volumosa justamente no período de estiagem, o que proporcionou o crescimento antecipado das pastagens. Segundo os técnicos, isso vai ajudar a baixar o preço da carne no mercado interno, desde que não haja aumento exagerado das exportações.