Jornal Correio Braziliense

Economia

Arno Augustin diz que dívida pública pesa cada vez menos para o país

O alongamento do prazo médio de vencimento da dívida pública federal trouxe melhores condições para o seu financiamento. Tanto que o lançamento, no mês passado, do título Global 2041, foi contratado com taxa de retorno ao investidor de 5,80% ao ano: a de mais baixo custo dentre todas as emissões de bônus soberanos. [SAIBAMAIS]A afirmação foi feita nesta quarta-feira (28/10) pelo secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, ao participar de audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Dívida Pública, na Câmara dos Deputados. Oportunidade em que falou sobre o modelo de administração da dívida, que está totalmente centralizada pelo Tesouro desde 2005. Augustin afirmou que o principal objetivo no gerenciamento da dívida é minimizar os custos de financiamento no longo prazo, assegurando a manutenção de níveis prudentes de risco. Nesse sentido, disse aos parlamentares que o Tesouro conseguiu a substituição gradual dos títulos remunerados pela taxa Selic por títulos com rentabilidade prefixada ou vinculada a índices de preços, para redução do risco financeiro. Revelou também que a melhora da classificação de risco do país é em parte devido ao reconhecimento do melhor controle fiscal sobre a dívida pública, que obteve "notável melhora em sua estrutura", baseada no regime de metas de inflação e de câmbio flutuante. Destacou ainda a "considerável redução da vulnerabilidade externa", reconhecida pelas três maiores agências de classificação de risco, que deram grau de investimento ao Brasil. A CPI da Dívida Pública foi instalada em agosto último, e tem como objetivo investigar as dívidas interna e externa do país, o pagamento de juros e amortizações, os beneficiários desses pagamentos e o impacto da dívida nas políticas sociais e no desenvolvimento sustentável.