O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira (20/9) que o objetivo do governo, ao taxar os investimentos estrangeiros na Bolsa de Valores e nas aplicações de renda fixa em 2% sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), é evitar uma "bolha" na bolsa e a sobrevalorização do real, o que, segundo ele, poderia "causar danos para a produção brasileira".
[SAIBAMAIS]"Nossa preocupação não é a arrecadação. Este é um imposto regulatório e tem como objetivo equilibrar a entrada de capitais externos na economia brasileira e evitar excessos, de modo a não causar uma bolha na bolsa de mercadorias, nem uma sobrevalorização do real", disse o ministro após participar da reunião do Conselho de Administração da Petrobras.
Mantega avisou, porém, que as medidas adotadas não devem evitar alguma valorização do real e reforçou que o risco está na sobrevalorização da moeda. "Acredito que [as medidas] não vão evitar a valorização do real porque ele reflete a força da economia%u201D, avaliou. "E o Brasil é uma economia forte. Portanto, a moeda é forte."
O ministro alertou para o fato de que o real não pode se fortalecer demais sob o risco de enfraquecer a atividade produtiva. Segundo ele, é necessário um certo tempo para que as medidas adotadas surtam efeito. "O que colocamos foi um pedágio para a entrada excessiva [de dólares]."