A implementação de um sistema de cadastro positivo poderia atrair até 26 milhões de brasileiros para o mercado de crédito, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (19/10) pela Serasa Experian. A expansão da tomada de empréstimos poderia, de acordo com o instituto, injetar R$ 1 trilhão na demanda de crédito.
[SAIBAMAIS]Ao contrário dos serviços de proteção ao crédito convencionais, que registra os casos de inadimplência, o cadastro positivo é uma escala que mede a confiabilidade do consumidor pelo o histórico de bons pagamentos anteriores. Desse modo, quanto melhor a graduação da pessoa ou empresa no cadastro positivo, menores as taxas de juros que serão cobradas para elas.
"O que acontece na informação negativa é que ou você está negativado ou não está. A idéia é fazer com que a grande maioria das pessoas, que não está negativada, possa tirar proveito do seu histórico positivo", explicou o presidente da unidade de negócios pessoa física da Serasa, Ricardo Loureiro.
Pelo estudo do Serasa, os maiores beneficiados pela adoção do novo cadastro seriam as pessoas que ganham até R$ 1.000 por mês. A pesquisa aponta que cerca de 20 milhões de pessoas dentro dessa faixa de renda poderiam ingressar no mercado de crédito.
Segundo o presidente do Serasa, Francisco Valim, o principal empecilho para a implementação do sistema é a falta de regulamentação. "Como existe a necessidade de compartilhar dados de diversas organizações todos querem ter um arcabouço legal claro para que não haja modificações no futuro", disse.