A greve dos funcionários da Caixa Econômica Federal continua e não há perspectiva de negociação por parte da direção do banco. Na noite desta quinta-feira (15/10), a Caixa entrou com pedido de dissídio coletivo no Tribunal Superior Eleitoral (TST) pelo reconhecimento da ilegalidade do movimento.
Em assembleia realizada nesta sexta (16/10), em Brasília, os funcionários da Caixa repudiaram a decisão da direção da instituição e decidiram manter a paralisação, que completou 23 dias nesta sexta-feira, segundo o delegado sindical Renato Caldas.
De acordo com o representante dos funcionários da Caixa junto ao Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, os participantes da assembleia foram unânimes em criticar a presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, e alguns dirigentes que, "em tese, são do PT e agem de forma mais truculenta do que os negociadores dos bancos privados."
Renato Caldas disse que a mobilização da categoria continua forte em todo o país, com exceção da volta parcial ao trabalho em algumas cidades do interior de São Paulo e do retorno integral, decido em assembleia, dos funcionários da Caixa em Campinas.
Segundo ele, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Instituições Financeiras (Contraf) e o Comando Nacional dos Bancários também repudiam a atitude da Caixa de pedir dissídio coletivo. Ele salientou que para o dissídio ser julgado é necessária a concordância das entidades sindicais em mesa de negociação representativa dos trabalhadores.
A Contraf e o CNB reafirmam disposição de continuarem buscando entendimento em mesa de negociação e orientam para que as assembleias regionais mantenham a greve. Também pediram que as entidades sindicais fortaleçam a mobilização por todo o país. O CNB e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) voltam a se reunir na segunda-feira, em São Paulo, para definir as orientações para os próximos passos do movimento.