A alta dos preços ao consumo sofreu desaceleração em setembro, conforme previsto, ficando em 0,2% em relação a agosto, após uma inflação de 0,4% no mês passado, segundo dados corrigidos divulgados pelo Departamento de Trabalho.
Quase todos os componentes do índice de preços ao consumo aumentaram na comparação com agosto, com exceção dos alimentos, que ficaram 0,1% mais baratos, indicou o Departamento.
[SAIBAMAIS]Os preços da energia aumentaram 0,6%, após um crescimento de 4,6% no mês anterior. Estes valores caíram 21,6% no acumulado do ano.
A inflação de base, que não inclui alimentação e energia, sofreu leve desaceleração, ficando a 0,2%, contra 0,1% no mês anterior. Em setembro de 2008 foi de 1,5%.
"A inflação se mantém nivelada por enquanto, apesar de ainda estar em uma zona de risco de se transformar em deflação, disse o economista de Moody's Economy.com, Andrés Carbacho-Burgos.
Os preços dos bens não duráveis, fora alimentos, subiram 0,4%, e os duráveis também.
Em escala anual, a queda dos preços ao consumo observada desde março foi mais lenta pelo segundo mês consecutivo em setembro, 1,3% contra 1,5% no mês precedente.
Estes dados ainda estão longe das metas do Federal Reserve, que considera desejável um alta dos preços de entre 1,7 e 2,0% ao ano.
No entanto, a deflação observada há pouco mais de um ano não preocupa o Fed, na medida em que a alta dos preços chegou a um pico no verão boreal (Hemisfério Norte) de 2008 sob os efeitos dos preços recordes do petróleo, antes de a intensificação da crise provocar um movimento inverno.
Oficialmente, o Fed prevê que a inflação permanecerá "modesta durante um tempo", tendo em conta a substituição considerável das capacidades de produção ao final de mais de um ano e meio de recessão.