China, Rússia e quatro países da Ásia Central se comprometeram nesta quarta-feira (14/10), em Pequim, a coordenar suas ações frente à crise econômica mundial, durante a Cúpula da Organização para a Cooperação de Xangai (OCS).
Os chefes de governo de China, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão e Tadjiquistão se reuniram no Palácio do Povo, em pleno coração da capital chinesa, em companhia de colegas dos países observadores (Mongólia, Irã, Índia e Paquistão).
Os participantes elaboraram um documento sobre as estratégias a serem adotadas contra a crise e para preparar o pós-crise, sem revelar, no entanto, os detalhes deste acordo.
"Este documento vai criar boas oportunidades. Isto garantirá a coordenação das medidas contra a crise", afirmou o primeiro-ministro russo Vladimir Putin.
"A crise é um catalizador para a reforma do sistema financeiro internacional. Nossa organização deve fazer parte deste movimento', acrescentou Putin.
Por sua vez, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, explicou que a OCS decidiu desenvolver de maneira vigorosa os intercâmbios e a cooperação nos setores de comércio, recursos energéticos, agricultura, transporte, comunicações, cultura, saúde, meio ambiente e controle de qualidade dos produtos".
Orientada inicialmente para as questões de segurança, a OCS, uma organização que inclui países com importantes recursos de gás e petróleo, se concentra cada vez mais em atividades concretas na área da cooperação econômica", destacou o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Alexei Borodavkin.
"É evidente que a crise econômica e financeira mundial força os membros e observadores da OCS a prestarem mais atenção ao componente econômico", explicou Borodavkin à imprensa.
No entanto, o primeiro-ministro kazako Karim Masimov disse que "a OCS está em alta, pois um número cada vez maior de países querem se juntar aos projetos da organização".
O organismo decidiu criar um fundo especial para financiar projetos na área de infraestrutura, energia e telecomunicações.
Seus membros e observadores dispõem de 17,5% dos recursos de petróleo do planeta e quase metade das reservas conhecidas de gás natural, segundo estudo publicado, em 2007, pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz, com sede em Estocolmo.