Jornal Correio Braziliense

Economia

Telefónica anuncia oferta de ações sobre brasileira GVT

A companhia espanhola líder em telecomunicações, Telefónica, anunciou nesta quarta-feira uma oferta pública de compra (OPA) sobre a empresa brasileira GVT, que já era alvo de uma oferta, menor e amistosa, da francesa Vivendi. "O Conselho de Administração de Telecomunicações de São Paulo (Telesp), filial brasileira do Grupo Telefónica, aprovou a apresentação de uma oferta pública para a aquisição da totalidade das ações da sociedade brasileira GVT", anunciou a Telefónica em um comunicado enviado à autoridade espanhola reguladora de mercados. [SAIBAMAIS]"A aquisição representaria um investimento de aproximadamente 2,550 bilhões de euros (3,74 bilhões de dólares), ou seja, um preço por ação de 48 reais", indicou a Telefónica. Este preço é maior que o oferecido pelo grupo francês de meios de comunicação e telecomunicações Vivendi, que, no início de setembro, anunciou o lançamento de uma OPA amistosa por 100% da GVT a 42 reais por ação e um total de 2 bilhões de dólares. A OPA da Telefónica está condicionada à aquisição de ao menos 51% do capital social da GVT", entre outras coisas, indicou a companhia espanhola, que pediu à autoridade regulatório brasileira (Anatel) que não imponha restrições ou condições diferentes das que, normalmente, estabeleceeu em casos precedentes". A brasileira GVT "presta serviços de telecomunicações no Brasil que servem de complemento ao negócio desenvolvido pela Telesp", segundo a Telefónica. A OPA amistosa do Vivendi também está sujeita à condição de obtenção de um mínimo de 51% de ações da GVT. A Vivendi, que explicou que quer se expandir em países com forte crescimento, lançou sua oferta depois de fechar um acordo com o grupo Swarth e Global Village Telecom (Holland) BV, os fundadores e acionistas de controle da GVT Holding SA, sociedade cotada na Bolsa no Brasil. A GVT, provedor brasileiro alternativo de telefonia e internet, teve nos três últimos anos "índices de crescimento de 31,1%ao ano do faturamento e de 40,2% do Ebitda (resultado bruto de exploração) ajustado", segundo a Vivendi.