Jornal Correio Braziliense

Economia

Brasil insiste em aumento de 7% das cotas do FMI para emergentes

O Brasil reiterou neste domingo o pedido de aumento de 7% das cotas dos países emergentes no Fundo Monetário Internacional (FMI), em uma reunião que apoiou a proposta do G20 de elevar as mesmas a pelo menos 5%. "Na reunião de cúpula do G20 em Pittsburg, os líderes estabeleceram um mínimo, mas não um teto para a transferência de cotas", recordou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês). [SAIBAMAIS]"Continuamos pensando que esta mudança deveria ser de 7%. Com esta dimensão, a parte dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento lhes permitiria alcançar um poder de voto de 50% e isto corresponderia mais ou menos ao que representam na economia internacional", explicou. Consultado sobre o pedido do Brasil, o diretor geral do Fundo, Dominique Strauss-Kahn, declarou que a mudança de cotas supera 7% se for levado em consideração os 2,5% aprovados em 2008 e que vários países ainda não ratificaram. Na reunião do IMFC, os 186 Estados membros do Fundo respaldaram neste domingo o aumento das cotas para os países emergentes de pelo menos 5%, como decidiu o G20 há uma semana na reunião de Pittsburg. "Respaldamos a transferência de cotas aos mercados emergentes dinâmicos e os países em desenvolvimento de pelo menos 5%, por parte de países muito representados a outros subrepresentados", afirma o comunicado do IMFC, a instância dirigente do FMI. Os países membros do Fundo, que integram o IMFC, deram prazo à diretoria do FMI até janeiro de 2011 para as mudanças.