O diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, afirmou nesta sexta-feira (2/10) que pretende retomar em breve uma "relação normal" com o governo argentino que permita o próximo envio de uma missão da instituição para uma avaliação anual da economia argentina, pendente desde 2006.
[SAIBAMAIS]"Meu desejo é que em breve possamos retomar uma relação normal com a Argentina", afirmou Strauss-Kahn em entrevista à imprensa em Istambul, referindo-se à revisão anual da economia, chamada Artículo 4, à qual se submetem todos os Estados membros do FMI e que não foi realizada na Argentina nos últimos três anos.
O diretor do Fundo garantiu ter tido contatos, recentemente, com o ministro das Finanças Amado Boudou e a presidente Cristina Kirchner. "Acredito que demos um passo à frente", acrescentou, negando implicitamente que o governo argentino esteja impedindo o envio da missão do FMI.
A Argentina manteve tensas relações com o FMI após a crise de 2001, ao acusar a instituição de ter-lhe ditado políticas econômicas que levaram o país a se declarar em suspensão de pagamentos.
Na década de 90, a Argentina era apresentada como "aluna modelo" do Fundo por aplicar suas receitas.