Os governos latino-americanos necessitarão de 350 a 400 bilhões de dólares em empréstimos em 2010 para reativar suas economias depois da crise financeira global, segundo a vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, Pamela Fox.
A obtenção de empréstimos não será fácil, inclusive para projetos de investimento, advertiu a funcionária, devido às dificuldades para conseguir fundos que estão restritos pela enorme demanda internacional das nações desenvolvidas para seus pacotes de estímulo.
"Por causa da crise, o papel do Estado cresceu a níveis que eram inimagináveis há alguns anos", afirmou Fox durante uma apresentação na Conferência das Américas, reunião de líderes e funcionários do governo da região que acontece em Miami até esta quarta.
Apesar da maior intervenção pública na atividade econômica, o Estado dispõe de menos recursos, de tal forma que neste momento exige mais dos cidadãos que pagam impostos, especialmente aqueles com mais rendas e que devem enfrentar uma maior carga tributária, explicou.