Os trabalhadores dos Correios no Paraná decidiram, em assembleia realizada nesta segunda-feira (28/9), voltar ao trabalho a partir de amanhã (29). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), a categoria rejeita a proposta da empresa mas vai acompanhar a decisão da maioria dos sindicatos em todo o país.
[SAIBAMAIS]Na avaliação do sindicato, até agora não houve maioria para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho. Apenas 16 sindicatos aprovaram a proposta da empresa (9% de reajuste e R$ 100 em janeiro). Outros quatro aprovaram a proposta de conciliação feita pelo Tribunal Superior do Trabalho (9% de reajuste e R$ 100 retroativos a agosto deste ano). Os demais 14 sindicatos rejeitaram as duas propostas, mas decidiram voltar ao trabalho.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Paraná estima que a paralisação tenha atingido 20% dos 6,4 mil trabalhadores do estado. Durante a greve, cerca de 2,7 milhões de correspondências deixaram de ser entregues e a expectativa é de que em uma semana tudo volte à normalidade. De acordo com a empresa, apenas cinco unidades, das 500 em todo o Paraná, não cumpriram a lei que determina que 30% do pessoal esteja em atividade.
Os trabalhadores reivindicavam um aumento real de R$ 300, a reposição das perdas salariais, que chegam a 41,03%, e um Plano de Cargos, Carreiras e Salários para a categoria. As reivindicações, de acordo com o sindicato, vão além das questões salariais. Os trabalhadores exigem segurança armada e portas giratórias nas agências; defendem que a empresa continue pública e são contrários à sua transformação em sociedade anônima e também à redução da jornada de trabalho.