A percepção de gravidade da crise financeira internacional vem perdendo força, segundo a pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (22/9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em seis meses, caiu de 37% para 20% o percentual dos que consideram a crise muito grave. Entretanto, aumentou de 11% para 23% o índice daqueles que a consideram pouco ou nada grave.
Sobre o impacto da crise, 27% consideram que a economia brasileira será muito prejudicada, 51% acham que será pouco prejudicada e 16% esperam que não seja prejudicada. Em março, esses percentuais eram de 30%, 53% e 11%, respectivamente.
Segundo a pesquisa, apenas 2% consideram que a crise já foi superada. Treze por cento afirmaram que a crise deve terminar ainda neste ano, 34% dizem que acabará em 2010 e 29% esperam que se estenda para depois do próximo ano.
A avaliação sobre o atuação do governo para enfrentar a crise piorou. Atualmente, 52% consideram que a atuação foi ótima ou boa, contra 61% da pesquisa anterior. Entre os que a consideram regular, o percentual subiu de 25% para 33%. A avaliação negativa passou de 6% para 9%.
A pesquisa mostra ainda que 52% dos entrevistados não pretendem alterar os hábitos de consumo por conta da crise. Em junho, esse percentual era de 53%.