Os ministros das Finanças dos países do Bric, o bloco constituído por Brasil, Rússia, Índia e China, propuseram, nesta sexta-feira (4/9), aumentar a participação das nações emergentes em cerca de sete pontos percentuais no Fundo Monetário Internacional (FMI) e seis pontos no Banco Mundial (Bird).
[SAIBAMAIS]No comunicado divulgado após a reunião de seus ministros, em Londres, eles afirmaram que "isso faria com que a participação geral dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento no FMI e no Banco Mundial correspondesse de forma mais satisfatória à sua participação no PIB mundial".
Na última reunião do G20, realizada em Londres em abril, os Brics conseguiram um compromisso dos líderes para antecipar a reforma de cotas do FMI de 2013 para janeiro de 2011.
Os Bric defendem o fortalecimento das instituições financeiras multilaterais, como o FMI e o Bird "para que possam enfrentar a crise com mais eficiência", isto é, com melhores instrumentos e maiores recursos, resumiu o ministro brasileiro Guido Mantega.
Mantega disse que, nesse sentido, os Brics contribuirão com 80 bilhões de dólares em uma nova modalidade de bônus emitida pelo FMI.
"Para que possamos ter participação mais ativa colocando mais recursos é preciso que haja uma redistribuição de cotas para que os países emergentes possam ter peso semelhante ao dos países avançados", explicou Mantega.
"A economia global enfrenta ainda uma grande incerteza, e continua havendo riscos importantes para a estabilidade financeira e econômica. Uma recuperação duradoura exige bases mais sólidas", diz ainda o texto do comunicado.
Brasil, Rússia, Índia e China também consideraram nesta sexta-feira que é "muito cedo" para falar do fim da crise econômica mundial.