A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira (2), em Uberlândia, Minas Gerais, duas pessoas suspeitas de integrar um grupo criminoso acusado de fraudar o seguro-desemprego. As detenções ocorreram durante a Operação Caleidoscópio, deflagrada com o objetivo de cumprir três mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão.
De acordo com a PF, o grupo começou a ser investigado depois que o Ministério do Trabalho e Emprego identificou indícios de fraudes na concessão do benefício social pago temporariamente aos trabalhadores demitidos sem justa causa.
Segundo a PF, de posse dos dados de empresas inativas ou inexistentes, os fraudadores efetuavam depósitos em contas vinculadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em nome de falsos empregados. Em seguida, simulavam a rescisão do falso contrato de trabalho. Por fim, alguém que se passava por um empregado demitido dava entrada no pedido do benefício presentando o comprovante dos depósitos feitos pelas empresas.
Durante a investigação foram identificadas 27 pessoas com o nome ou sobrenome "Rubens", todos nascidos em 1; de novembro de diferentes anos, além de cinco "Marcos" nascidos em 13 de janeiro de anos diversos. Também foram identificados dois técnicos em contabilidade que a PF acredita serem as pessoas que incluíam as informações dos fraudadores no sistema do FGTS.