Jornal Correio Braziliense

Economia

Anúncio do Fed e indicador imobiliário alavancam Wall Street

A Bolsa de Nova York subiu nesta sexta-feira (21/8), animada pelas declarações do Fed e pela divulgação de indicadores imobiliários: o Dow Jones ganhou 1,67% e superou os 9,5 mil pontos, pela primeira vez no ano, e o Nasdaq subiu 1,59%. O Dow Jones Industrial Average subiu 155,91 pontos, a 9.505,96 unidades, na sua quarta sessão consecutiva em alta. A Bolsa não terminava em 9.500 pontos desde o início de novembro e recuperou cerca de 45% em relação ao seu nível mais baixo, em março. [SAIBAMAIS]O Nasdaq, com alto conteúdo tecnológico, avançou 31,68 pontos, a 2.020,96 unidades, e o índice Standard & Poor's 500, de composição mais ampla, subiu 1,86% (18,76 pontos), a 1.026,13. Duas informações animaram o mercado, observou Marcouiller Scott, da Wells Fargo Advisors. O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse em um discurso que a economia dos EUA parece ter se estabilizado, com boas perspectivas de recuperação a curto prazo. No que diz respeito aos indicadores, a venda de casas usadas nos Estados Unidos subiu pelo quarto mês consecutivo, com um acréscimo de 7,2% em julho. O valor "dá aos investidores uma nova indicação de que os preços muito baixos dos imóveis finalmente estão atraindo os compradores", segundo o analista Charles Schwab. As estatísticas do mercado imobiliário são seguidas de perto pelo mercado, já que foi o estopim da crise. As ações do setor energético foram bastante procuradas, no momento em que o barril de petróleo atinge seu nível mais alto desde outubro em Nova York, cerca de 74 dólares na sessão. A petroleira ExxonMobil ganhou 1,94%, a 69,92 dólares, e sua concorrente Chevron 1,62%, a 69,73. O setor bancário, líder da sessão da quinta-feira, continuou a subir, com o índice S dos valores bancários aumentando 1,95%. O banco de investimentos Morgan Stanley ganhou 1,12%, a 29,69 dólares. Segundo o Wall Street Journal, a empresa vai contratar 400 funcionários para reforçar suas atividades de corretagem e tenta se beneficiar, assim como seus concorrentes, da recuperação dos mercados financeiros. O mercado obrigatório caiu. O rendimento do Tesouro americano a 10 anos subiu para 3,556%, contra 3,435% na quinta-feira, e os títulos a 30 anos a 4,359%, contra 4,242%. O desempenho das obrigações evolui em sentido oposto aos preços.