A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta sexta-feira (14/8) um programa social que criará 100 mil postos de trabalho em cooperativas. O projeto vai demandar, em sua primeira etapa, um investimento de 1,5 bilhão de pesos (US$ 389 milhões).
Em ato na sede do governo, que foi transmitido em rede nacional por rádio e televisão, Cristina explicou que a fase inicial do plano será aplicada na malha urbana ao redor de Buenos Aires, que apresenta altos índices de pobreza e desemprego.
[SAIBAMAIS]"Mas a ideia é abrir, posteriormente, novas etapas em outras regiões de alta vulnerabilidade social do país", disse, acompanhada pela maioria de seus ministros e prefeitos da Grande Buenos Aires.
Cristina afirmou que a iniciativa tem o objetivo de criar centenas de cooperativas sociais que trabalhem em obras de saneamento básico e abastecimento de água, infraestrutura urbana e comunitária, manutenção de espaços verdes e construção de casas.
A presidente disse ainda que o programa será aprovado pela Universidade Tecnológica Nacional e não tem o objetivo de "retirar o emprego dos que já têm, mas será destinado aos desempregados".
"Lançamos o plano para abordar o problema da pobreza através da criação do emprego, que é o melhor antídoto", afirmou Cristina.
Ela disse, no entanto, que o problema na Argentina "não é a pobreza, mas a desigualdade social e a má distribuição de renda".
A taxa oficial de desemprego na Argentina foi de 8,4% no primeiro trimestre de 2009, o que significa que, entre janeiro e março, 948 mil pessoas estavam sem emprego.