Otacílio Cartaxo foi confirmado como o novo secretário da Receita Federal. Ele já ocupava o cargo interinamente desde meados de julho, quando o Ministério da Fazenda oficializou a demissão da então secretária Lina Maria Vieira.
O Correio ouviu de fontes no Fisco que Otacílio era o nome que menos enfrentava rejeição na casa, dividida entre os apoiadores do ex-secretário Jorge Rachid (que este mês embarca para Washington para assumir o cargo de adido tributário), Lina Maria Vieira e os auditores previdenciaários, que recentemente foram incorporados à nova Superreceita.
Otacílio venceu a disputa com pelos menos três nomes de peso: o presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Waldir Simão, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Marcio Porchman, e o atual presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Carlos Alberto Barreto.
A definição do nome para chefiar o Fisco saiu poucas horas depois de encerrada as votações para o Sindfisco, sindicato que uniu os auditores da Senafisp e da Unafisco. "Com certeza, será anunciado nesta quinta-feira (o novo nome)", havia dito ao Correio uma fonte da Receita ainda no início da tarde.
Estratégia
Fontes ligadas à Fazenda acreditam que a permanência do interino no cargo é a melhor estratégia para acalmar os ânimos na Receita, que andavam muito exaltados nos últimos meses.
Uma possibilidade é que Cartaxo tenha sido escolhido para dar continuidade ao trabalho do secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado. "É ele quem realmente vinha mandando na Receita desde março", disse uma fonte.
A Receita Federal deve emitir um comunicado à imprensa a qualquer momento anunciando a efetivação de Otacilio Cartaxo.