Os economistas consultados pelo Banco Central na pesquisa semanal Focus reduziram a previsão para os principais indicadores de inflação em 2009. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve como meta para o BC, passou de 4,50% para 4,40%. A meta de inflação é de 4,50%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). Para 2010, a estimativa caiu de 4,35% para 4,32%.
[SAIBAMAIS]A expectativa do mercado para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna ( IGP-DI) passou de uma alta de 0,50% para uma deflação de 0,18%. Para o Índice Geral de Preços - Mercado ( IGP-M), recuou de -0,01% para -0,23%. Os dois indicadores servem de referência para o reajuste de contratos e preços administrados, entre eles, tarifas e aluguéis.
Para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômica (Fipe), a previsão passou de 4,17% para 4,11%. Para 2010, as previsões para os IGPs e IPC-Fipe se mantiveram em 4,5%.
PIB
A pesquisa mostra também uma melhora na previsão de queda do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país) para este ano. A estimativa passou de 0,38% para 0,35%. Para 2010, a previsão de crescimento ficou em 3,60%.
Em relação à taxa básica de juros, foi mantida a previsão de que a Selic deve continuar inalterada em 8,75% ao ano até 2010, quando os juros voltariam a subir. A expectativa é que os juros voltem a subir no próximo ano para 9,25% a.a..
Outros indicadores
Houve piora na expectativa em relação à produção industrial, de uma retração de 6% para um resultado negativo de 7,31% neste ano.
A estimativa para o dólar no fim deste ano ficou em R$ 1,90. A pesquisa mostra também mudança em relação ao superávit da balança comercial (de US$ 23,1 bilhões para US$ 23 bilhões).
A previsão para os investimentos estrangeiros diretos ficou em US$ 25 bilhões. Para a relação dívida/PIB, o resultado ficou em 41,5%. O déficit nas transações correntes está previsto em US$ 15 bilhões.