O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira (7/8) que sua administração resgatou a economia do país da catástrofe e que o pior da recessão já passou.
"Nesta manhã recebemos sinais adicionais de que o pior ficou para trás", afirmou Obama, após a divulgação dos dados sobre o mercado de trabalho em julho, melhores que o previsto. "Estamos perdendo empregos num ritmo duas vezes menor do que quando assumi a presidência. Colocamos o sistema financeiro de volta nos trilhos".
[SAIBAMAIS]Foram eliminadas no mês passado nos Estados Unidos 247 mil vagas, contra expectativas que iam até 320 mil, e a taxa de desemprego caiu para 9,4%, a primeira variação para baixo após 14 meses de alta. Os dados foram apresentados pelo Departamento do Trabalho. O dado referente a junho, por sua vez, foi revisto para baixo. A leitura inicial mostrava um corte de 467 mil vagas; após a revisão, o corte foi ligeiramente menor, de 443 mil.
"Enquanto resgatamos nossa economia da catástrofe, também começamos a construir as novas fundações para o crescimento", acrescentou Obama, alertando, no entanto, para os tempos difíceis que ainda estão por vir até a restauração total da prosperidade. "Temos uma montanha para escalar e começamos num vale muito profundo." O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse mais cedo que os números mostram que a economia americana "saiu do poço" e se afastou do "espectro da depressão". Ele afirmou, no entanto, que o presidente Obama ainda vê a taxa de desemprego chegar a 10% neste ano.
Gibbs afirmou que "nenhum de nós perdeu de vista o fato de que um quarto de milhão de pessoas perdeu o emprego". "A taxa de emprego de longo prazo está aumentando" --desemprego de longo prazo, segundo o departamento, é a categoria que engloba pessoas sem trabalho há pelo menos 27 semanas. Nessa contagem, o número de desempregados aumentou em 584 mil, para 5 milhões.