O dólar comercial encerrou negócios nesta quarta-feira com sua quinta queda seguida, no menor nível desde setembro do ano passado, fruto do bom humor no mercado acionário local. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) se descolou do mercado americano e opera em alta de quase 1%.
A moeda americana fechou com recuo de 0,71%, vendida a R$ 1,810. É o menor valor desde 22 de setembro. Só nesta semana, a cotação já caiu 2,95%. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo fechou vendido a R$ 1,92, com queda de 0,51%.
[SAIBAMAIS]Já o Índice Bovespa (Ibovespa, principal indicador da Bolsa paulista) operava em alta de 0,66%, aos 56.383 pontos, às 16h36 (em Brasília). O giro financeiro era de R$ 4,274 bilhões.
Com as últimas altas no Ibovespa puxadas por sinais de que a economia global está saindo da recessão, o mercado agora espera no dia-a-dia por notícias pontuais que confirmem ou não a recuperação.
Como os dados de hoje são ruins se observados de um modo geral, os investidores em Wall Street partem para a realização dos ganhos. O mesmo ocorreu na Bolsa paulista até meados da tarde, quando iniciou uma recuperação puxada pelo bom desempenho de alguns setores, principalmente bancos e produtores de commodities --Petrobras, Vale e siderúrgicas em geral.
Nos Estados Unidos, dados negativos fazem com que Wall Street opere em baixa. O índice Dow Jones tem queda de 0,27%, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,82%.
A pior notícia vinda dos EUA se refere ao setor de serviços. A atividade do setor registrou contração em julho, com o índice apurado pelo Instituto de Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) ficando em 46,4 pontos em julho, contra 47 pontos em junho. A expectativa dos analistas era de uma ligeira elevação para 48 pontos.
Já a consultoria de recursos humanos ADP Employer Services divulgou hoje que o setor privado da economia dos Estados Unidos fechou 371 mil vagas no mercado de trabalho em julho. Apesar da nova queda, trata-se do menor número de vagas fechadas desde outubro, de acordo com a empresa.
No Brasil, o principal destaque macroeconômico fica para os dados regionais da produção industrial de junho, que na média nacional subiu 0,2%. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção subiu oito das 14 regiões pesquisadas na comparação com o mês anterior.
O setor bancário mostra força hoje, sendo o primeiro a puxar a recuperação da Bolsa paulista. Os destaques vão para as ações ordinárias da Visanet (4,02%), além das preferenciais do Itaú-Unibanco (2,33%) e das ordinárias do Banco do Brasil (2,48%).
Entre as ações listadas no Ibovespa, as maiores altas são das preferenciais da Klabin (4,93%), das ordinárias da JBS-Friboi (4,83%) e das ordinárias da Redecard (4,52%). As maiores baixas são das preferenciais classe B da Celesc (-2,07%), das as preferenciais da VCP (-1,94%) e das preferenciais da TIM Participações (-1,62%).