A cesta básica está mais barata para o brasileiro do que há um ano. Das 16 capitais avaliadas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apenas Salvador não aprensentou redução nos preços, obtendo uma alta de 0,03%. A baixa no custo da cesta é reflexo de uma safra grande no ano passado e uma oferta maior que o consumo em 2009.
[SAIBAMAIS]Na comparação de julho com junho, somente três capitais não apresentaram recuo no preço. Manaus (0,75%), Brasília (0,69%) e Belém (0,05%) foram as cidades onde houve o incremento no custo da cesta básica. "Belém quase não teve variação, nas outras duas as variações foram pequenas", afirma o técnico do Dieese, José Maurício Soares, para enfatizar que essas altas não são expressivas.
A cidade com cesta básica mais cara foi Porto Alegre, com R$ 237,45. A mais barata ficou com Aracaju, com custo de R$173, 47. A capital federal ficou com a quarta mais cara do Brasil, R$ 217,78. Esses pequenos crescimentos são justificados por aumentos de preços pontuais em alguns produtos, como o pão e a carne, em Brasília, e o leite e o tomate, em Manaus.
Já a explicação para cestas básicas mais baixas em quase todo o país, está na lei de oferta e procura. Em 2008 houve um aumento da safra e da produtividade, o reflexo direto veio em 2009, quando esses produtos chegaram ao mercado. Nesse ano, há oferta intensa para um consumo não tão forte.
Salário mínimo
Nessa mesma pesquisa, o Dieese também faz um levantamento de quanto o salário mínimo deveria valer se levado em conta tudo o que a Constituição Federal determina que esse salário deveria suprir.
No cálculo também entra o preço da cesta básica mais cara. "O Dieese estima mensalmente o salário mínimo necessário. Para julho, o valor calculado corresponde a R$ 1.994,82, ou 4,29 vezes o mínimo em vigor, de R$ 465", estima a pesquisa.