Jornal Correio Braziliense

Economia

Costa diz que fará apelo por monopólio dos Correios

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou hoje que se o monopólio da Empresa de Correios e Telégrafos cair, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a empresa não deverá resistir e será extinta, eliminando milhares de empregos e serviços. Costa disse que fará nesta terça-feira (4/8) um apelo pessoal a alguns ministros do Supremo Tribunal Federal para explicar a situação dos Correios. O julgamento sobre o monopólio dos Correios foi iniciado ontem e está empatado em 5 a 5, devendo continuar amanhã [SAIBAMAIS]Segundo Costa, o monopólio funciona como uma espécie de subsídio cruzado, porque permite à empresa ter ganhos com a prestação de serviços em regiões de maior poder aquisitivo e prestá-lo a custo zero nas regiões mais carentes. "Se houver o fim do monopólio, estaremos próximos a um desastre, porque os Correios não resistem a esta decisão", afirmou o ministro, depois de solenidade, no Ministério, de concessão de canais de TV digital a cinco empresas que operam no Pará. O julgamento no STF tem por base uma ação de 2003 da Associação Brasileira das Empresas de Distribuição (Abraed), que pede a quebra do monopólio dos Correios na entrega de correspondências comerciais e encomendas Speedy O ministro também disse hoje que deve demorar "alguns dias" para que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decida sobre o fim da suspensão da venda de novas assinaturas do serviço de internet de banda larga Speedy, da empresa Telefônica em São Paulo. "A Anatel ainda não se sente segura, e nós fizemos algumas avaliações aqui no ministério para acompanhar os procedimentos da empresa", afirmou Hélio Costa, acrescentando que é "impossível hoje" fazer uma previsão de data sobre a retomada da venda de assinaturas Questionado sobre quais seriam as dificuldades que a Telefônica está tendo para melhorar seus serviços, Costa evitou dar detalhes, mas disse entender que a empresa está fazendo um esforço para isso. "Mas não é uma coisa simples, que se resolve da noite para o dia", afirmou o ministro