Jornal Correio Braziliense

Economia

Gripe suína segura inflação em SP, diz Fipe

A queda nas despesas com viagem, em julho, em decorrência da gripe suína, impediu que a inflação para o paulistano fosse maior no mês passado. Segundo dados do IPC da Fipe, o custo de viagens e excursões teve queda de 2,3% no período, gerando um impacto negativo de 5,65% no índice, que subiu 0,33%. De acordo com Antônio Evaldo Comune, coordenador do IPC, muitas pessoas cancelaram suas viagens de férias por medo da doença e isso deve continuar no mês de agosto. As principais contribuições para a alta do índice no mês foram habitação e alimentos. O reajuste da Eletropaulo, de 13%, em média, fez com o que o custo da energia elétrica subisse 1,38% em julho, contribuindo com 17,54% do índice e liderando a lista de influências. No grupo alimentação, houve alta nos preços de frutas e legumes que, segundo Comune, pode ser explicada pela piora das condições climáticas no mês passado. O preço do frango subiu 2,73% contribuindo com 7,37% do índice. De acordo com o coordenador da Fipe, a alta é reflexo da diminuição da renda do consumidor em decorrência da crise econômica mundial. "É um processo de substituição comum nesses casos. O consumidor passa da carne para o frango e depois para os pescados. No próximo mês, nós deveremos ter uma pressão sobre o preço da pescada", afirmou. Também houve influência dos remédios, que subiram 0,89% no mês, contra alta registrada de 0,60% em junho. Ainda no grupo saúde, os preços dos contratos de assistência médica desaceleraram e fecharam com alta de 0,85% em julho (contra 1,06% de junho). Segundo a Fipe, apesar da desaceleração, os contratos exerceram peso de 7,93% sobre a inflação do mês. Do lado das contribuições para baixo, estão os preços do vestuário, que caíram 0,77% influenciados pelo início das liquidações, gerando impacto de -12,32%.