O dólar comercial fechou nesta terça-feira (28/7) com alta, reflexo do dia negativo no mercado acionário - a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera com perdas, seguindo o mercado americano.
A moeda americana encerrou negócios com avanço de 0,37%, vendida a R$ 1,882. O dólar turismo, por sua vez, subiu 0,5% nas casas de câmbio paulistas, para R$ 2,00. O Banco Central atuou no mercado cambial na hora final de negócios, através de um leilão de compra. A autoridade monetária comprou a moeda com taxa de corte de R$ 1,883.
O dia na Bovespa foi de realização de lucros, aproveitando o mau humor dos investidores americanos. Às 16h36 (em Brasília), o Ibovespa (Índice Bovespa, principal indicador da Bolsa paulista) recuava 0,69%, para 54.173 pontos, com giro financeiro de R$ 4,473 bilhões.
O mercado local é guiado hoje mais uma vez pelos movimentos de Wall Street, que apresenta perdas hoje devido à queda na confiança do consumidor daquele país neste mês - o índice Dow Jones recua 0,34%, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite apresenta leve alta de 0,09%.
Segundo o instituto privado de pesquisa The Conference Board, o indicador recuou de 49,3 pontos em junho para 46,6 pontos em julho. Trata-se do segundo recuo mensal no indicador. Ele ainda ficou abaixo da previsão dos analistas do setor, que apostavam em uma ligeira queda para 49 pontos.
Os dados de confiança do consumidor tem forte influência no mercado de capitais porque trata-se de um item importante no ritmo de compras dos consumidores - que responde por mais de 70% da atividade econômica dos EUA.
A notícia serviu para que o mercado fizesse hoje novamente o movimento de realização de lucros após o índice Dow Jones subir mais de 11% ao longo das últimas duas semanas. Como aqui também ocorreu esta alta - o Ibovespa fechou ontem no maior nível desde setembro do ano passado -, os investidores também vendem para embolsar ganhos.
Entre as notícias internas, o destaque fica para a nota de crédito do Banco Central. Apesar do volume de crédito disponível ter subido 1,3% em relação a maio (R$ 1,261 trilhão) e de 19,7% nos últimos 12 meses, a inadimplência também cresceu, atingindo 5,7%. É a maior taxa de inadimplência desde 2000, segundo os dados do BC.
As ações da Petrobras estão entre as que possuem as maiores quedas no pregão de hoje. Os papéis preferenciais recuam 2,83%, enquanto as ordinárias perdem 2,81%.