O governo norte-americano reiterou nesta segunda-feira que quer minimizar sua presença na GM (General Motors) e na Chrysler, mas esclareceu que não venderá o total de sua participação nas montadoras.
Ron Bloom, responsável pelo grupo que supervisiona as operações da GM e da Chrysler, afirmou que, embora o governo queira vender suas ações o mais rápido possível, também não quer abrir mão de toda sua participação nas fabricantes.
"Não esperamos vender a totalidade da participação", declarou Bloom durante uma audiência do Painel de Supervisão do Congresso realizado em Detroit.
Ele também não quis estabelecer um calendário de quando o governo americano poderia vender sua participação na GM. "A melhor forma de sair o mais rápido possível é não se comprometer com uma agenda definida", declarou.
O Departamento do Tesouro possui hoje 60,8% da General Motors e 8% da Chrysler, após emprestar às duas empresas US$ 70 bilhões para sua reestruturação e saída da concordata.
A GM indicou que quer emitir uma oferta pública de ações em 2010, momento em que o governo americano poderia se desprender de grande parte de sua participação na montadora.
Bloom destacou que o investimento do governo americano na GM e na Chrysler terá sucesso "se os contribuintes recuperarem seu dinheiro".
O assessor da Casa Branca explicou que os conselhos de administração da GM e da Chrysler serão independentes e funcionarão sem intromissão governamental porque, caso contrário, as montadoras teriam dificuldades para devolver o dinheiro emprestado.
O tesoureiro da Chrysler, Jan Bertsch, confirmou durante a audiência as palavras de Bloom. "O dia a dia é responsabilidade de nossa empresa", afirmou.
Bertsch disse que a Chrysler devolverá o dinheiro público em três pagamentos, a serem feitos em 2011, 2016 e 2017. Após sair da concordata, em 10 de junho, a montadora está agora sob controle da italiana Fiat.
Já o tesoureiro da GM, Walter Borst, assegurou que a companhia pagará os empréstimos fornecidos pelo governo até 2015.