O sindicato que representa os trabalhadores em greve das operações canadenses da Vale não está em negociação com a empresa e prevê uma paralisação prolongada nas minas de níquel e cobre, disse uma autoridade na segunda-feira.
A maior parte das operações canadenses da Vale --adquiridas através da aquisição em 2006 da mineradora de níquel Inco-- está inativa desde junho devido à fraca demanda por níquel.
As operações deveriam ser retomadas na segunda-feira, mas permanecem paralisadas já que os trabalhadores sindicalizados declararam uma greve no dia 13 de julho depois de rejeitarem a oferta de contrato de três anos da empresa.
O diretor da United Steelworkers District 6, Wayne Fraser, disse que não houve contato com a empresa desde que a greve começou.
"Eu não acho (que haverá) nada por dois ou três meses no mínimo", disse ele.
Cerca de 3.100 trabalhadores estão em greve em Sudbury, Ontario, e 125 em Port Colborne, Ontario.
Os trabalhadores da mina de níquel da Vale em Voisey´s Bay, na província de Newfoundland e Labrador, também planejam entrar em greve quando a operação for retomada, após ter sido paralisada ao longo de julho.
As greves relacionam-se a salários e mudanças propostas aos bônus dos empregados ligados ao preço do níquel.
Analistas afirmaram que os fechamentos não devem ter muito impacto inicialmente sobre o preço do níquel, que despencou após atingir recordes há dois anos, já que a desaceleração da economia levou a um excesso de oferta.
O níquel valia US$ 25 por libra-peso em meados de 2007, mas era negociado a US$ 7,70 na segunda-feira.
Autoridades da Vale no Canadá não estavam disponíveis para comentar.