Depois de obter o aval do TCU (Tribunal de Contas da União), a Eletronuclear confirmou o início das obras civis da usina nuclear Angra 3 para setembro. Segundo o presidente da estatal, Othon Luiz Pinheiro, a construtora responsável pelo projeto concordou em se adequar à redução R$ 120 milhões no orçamento total definido pelo TCU.
Na última quarta-feira (22), o TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou o valor da obra, estimada em R$ 7,3 bilhões, mas determinou a redução em R$ 120 milhões no contrato entre a Eletronuclear e a Andrade Gutierrez, que totaliza R$ 1,350 bilhão.
Pinheiro admitiu que o cronograma da obra está no limite, mas salientou que a usina deve começar a operar entre 2014 e 2015.
"Se houver algum atraso, vai ser uma diferença de um ou dois meses. Não se prevê prorrogações maiores. Em 2015, a usina estará tranquilamente na linha [em operação]", disse Pinheiro, depois de participar de seminário na sede da Eletronuclear, no Rio.
O executivo ressaltou ainda que o fato de Angra 3 ser semelhante à Angra 2 facilitará o andamento da obra.
"Não tem muito mistério. São usinas idênticas e ficarão lado a lado", afirmou.
Angra 3 terá capacidade para até 1.400 megawatts de potência. As obras de terraplanagem e os demais preparativos para o início da construção já foram finalizados, de acordo com Pinheiro.
O presidente da Eletronuclear disse ainda que já foram iniciados os estudos para a escolha de uma área que vai abrigar até seis unidades nucleares no Nordeste. Pinheiro explicou que o espaço físico está sendo mapeado, de Salvador até Recife, com o objetivo de encontrar um espaço adequado, sem restrições físicas e ambientais ao projeto.
"A Eletronuclear vai indicar os locais onde poderão ser instaladas as usinas. A decisão sobre a localização ficará a cargo do governo.É uma decisão de estado", afirmou.
O executivo acrescentou que outro estudo será iniciado no próximo ano para a instalação de aérea de porte semelhante na região Sudeste. Cada usina terá capacidade para 1.000 megawatts de potência.