A dívida pública federal cresceu 3,33% em junho, em relação a maio, e chegou a R$ 1,434 trilhão, segundo dados do Tesouro Nacional. O aumento da dívida se deve a uma operação para repasse de recursos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em março, já haviam sido emitidos R$ 13 bilhões em papéis prefixados (LTN) para reforçar o caixa do banco estatal. Em junho, foram emitidos mais R$ 26 bilhões.
[SAIBAMAIS]Essa operação tem caráter apenas contábil, mas acaba tendo impacto na dívida. Foram emitidos títulos prefixados, pós-fixados (LFT) e indexados à inflação (NTN-B).
Ao longo do ano, serão feitas novas emissões, que podem chegar a até R$ 100 bilhões. O dinheiro será utilizado para reforçar os empréstimos do banco nesse momento de crise provocada pela falta de recursos para crédito.
Semestre
Com essa operação, o valor da dívida ficou acima dos R$ 1,397 trilhão registrados no final de 2008, mas se mantém dentro das metas do governo para esse ano. O Plano Anual de Financiamento do Tesouro Nacional prevê uma dívida entre R$ 1,45 trilhão e R$ 1,60 trilhão no final de 2009.
O aumento se concentrou na dívida interna, que teve um incremento de 3,74%, para R$ 1,321 trilhão. A emissão de novos títulos superou os resgates em R$ 35 bilhões. Além disso, houve um impacto de R$ 11,52 bilhões por causa dos juros.
A valorização do real frente ao dólar evitou um aumento maior do endividamento público. A dívida pública federal externa, que representa 7,86% da dívida total, caiu 1,17%, para R$ 112,73 bilhões (US$ 57,76 bilhões).