A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera próximo da estabilidade na tarde desta quarta-feira (22/07), seguindo o desempenho das Bolsas nos Estados Unidos, onde os investidores estão divididos entre os bons e os maus resultados corporativos divulgados hoje.
[SAIBAMAIS]Esperando pela definição da nova taxa básica de juros pelo Banco Central após o fechamento dos negócios, o mercado aproveitou as primeiras horas de negociação para realizar lucros após ter subido mais de 5% no acumulado dos últimos cinco pregões - onde quatro subiram e um ficou praticamente estável. Depois, prevaleveu o tom moderado visto em Wall Street.
Às 15h13 (em Brasília), o Ibovespa (Índice Bovespa, o principal da Bolsa paulista) subia 0,09%, para 53.279 pontos, com giro financeiro de R$ 3,64 bilhões. Já o dólar comercial apresentava recuo de 0,31%, vendido a R$ 1,902.
As ações dos setores bancário e siderúrgico são os que sustentam a leve alta do Ibovespa, com destaque para os avanços dos papéis Gerdau PN (1,67%), Itaú-Unibanco PN (0,92%) e Bradesco PN (0,89%).
O mercado está "morno", à espera da definição da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que sai após o fechamento dos negócios.
Quase a totalidade dos analistas de mercado apostam que a Selic vai cair 0,5 ponto percentual nesta reunião, para 8,75% ao ano, e depois se manterá inalterada nas outras três reuniões que ocorrerão neste ano. Porém, não é descartada a possibilidade de um corte menor, de 0,25 ponto.
Sem o direcionamento de dados macroeconômicos, o destaque fica para os resultados corporativos. A maioria veio com boas notícias, entre eles os da Apple e da Starbucks. Por outro lado, os dos bancos americanos foram levemente decepcionantes.
Os resultados trimestrais mais importantes divulgados hoje são os do Morgan Stanley e do Wells Fargo, dois dos maiores bancos dos EUA. O primeiro apresentou seu terceiro prejuízo trimestral consecutivo ao perder US$ 1,26 bilhão, com o resultado sobrecarregado por despesas relacionadas ao pagamento do resgate que o banco recebeu do governo dos Estados Unidos. Já o Wells Fargo lucrou US$ 2,58 bilhões, 47% a mais do que no mesmo período do ano passado.
Devido à falta de um rumo a ser apontado pelos resultados, as Bolsas americanas operam "de lado" hoje. O índice Dow Jones recua 0,19%, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite sobe 0,42% e o ampliado S 500 ganha 0,04%.