As Bolsas europeias fecharam em alta pela oitava sessão consecutiva nesta quarta-feira (22/07), registrando a série de ganhos mais longa desde dezembro de 2006, com o avanço das farmacêuticas - que ofuscou o fraco desempenho do setor bancário.
[SAIBAMAIS]A Bolsa de Londres fechou em alta de 0,28% no índice FTSE 100, aos 4.493,73 pontos; a Bolsa de Paris teve ligeira alta de 0,07% no índice CAC 40, para 3.305,07 pontos; a Bolsa de Frankfurt teve alta de 0,54% no índice DAX, para 5.121,56 pontos; a Bolsa de Zurique fechou praticamente estável (ligeira variação positiva de 0,01%) no índice Swiss Market, que ficou com 5.637,02 pontos; e a Bolsa de Madri teve alta de 0,41%, indo para 1.054,22 pontos no índice Madrid General.
O índice FTSEurofirst 300, referência das principais ações europeias, subiu 0,21%, para 890 pontos, maior patamar de fechamento desde o início de janeiro.
"Os mercados ficaram um pouco indecisos hoje, mostrando que o avanço pode não continuar. Realçando ainda mais a mudança de humor, os investidores se voltaram para ações defensivas em busca de proteção", disse o diretor de ativos da CMC Markets, Jimmy Yates.
As empresas do setor farmacêutico apresentaram os maiores ganhos dentro do indicador, sustentadas por notícias positivas sobre resultados corporativos. A norte-americana Pfizer elevou sua projeção anual de lucro, excluindo eventos não recorrentes, e de receita. Os papéis da Novartis, AstraZeneca e Novo Nordisk avançaram entre 0,5% e 1,2%.
Na contramão, a GlaxoSmithKline recuou 0,6% após registrar alta no início da sessão. A companhia informou que o resultado do segundo trimestre superou as expectativas e acrescentou que o crescimento no segundo semestre se intensificará com as vendas de vacinas contra gripe.
As ações do grupo químico Bayer subiram 2,2% após a companhia e seu parceiro de desenvolvimento Onyx Pharmaceuticals terem informado que o medicamento para câncer Nexavar se mostrou promissor no tratamento de tumores de mama. As ações da Onyx Pharmaceuticals subiram 24%.
Os bancos compunham o setor que mais pressionou o FTSEurofirst 300, após o Morgan Stanley anunciar seu terceiro prejuízo trimestral consecutivo e o Wells Fargo divulgar perdas maiores com crédito.
O Morgan Stanley teve prejuízo de US$ 1,26 bilhão (US$ 1,10 por ação), aplicável a detentores de ações ordinárias, ante lucro de US$ 1,1 bilhão (US$ 1,02 por ação) no mesmo período do ano passado. O Wells Fargo, por sua vez, teve um crescimento de 47% em seu lucro trimestral, analistas avaliam que o banco terá de levantar mais capital para cobrir potenciais perdas com financiamento de imóveis, incluindo a opção de hipotecas de taxa ajustável que herdou ao adquirir o Wachovia.