O Wells Fargo informou nesta quarta-feira (22/07) que seu lucro trimestral cresceu 47%, conforme fortes resultados no segmento de hipotecas e a aquisição do Wachovia compensaram crescentes perdas com crédito.
[SAIBAMAIS]O lucro líquido subiu para US$ 2,58 bilhões no segundo trimestre, ou US$ 0,57 por ação, contra US$ 1,75 bilhão, ou US$ 0,53 por ação, no mesmo período do ano anterior. Antes do pagamento de dividendos, o lucro líquido do banco cresceu 81%, segundo a instituição.
A receita do Wells Fargo quase dobrou para US$ 22,51 bilhões, sendo 39% do total do Wachovia, que foi comprado pelo banco no final do ano passado. Os resultados refletiram encargos de US$ 0,08 por ação atrelados à reposição dos recursos obtidos do governo, e de US$ 0,03 por ação com despesas de fusão e reestruturação.
O banco norte-americano tem ampliado participação de mercado desde que comprou o Wachovia em 31 de dezembro e conforme alguns de seus rivais, incluindo a Countrywide, reduzem sua exposição a riscos ou desaparecem.
Muitos analistas, contudo, expressaram preocupação de que o Wells Fargo precisará levantar mais capital para cobrir potenciais perdas com financiamento de imóveis, incluindo a opção de hipotecas de taxa ajustável que herdou ao adquirir o Wachovia.
Embora tenha recebido US$ 25 bilhões em resgate do governo dos Estados Unidos, descobriu-se após um "teste de estresse" que o banco ainda precisará captar US$ 13,7 bilhões para reforçar seu capital.
O vice-presidente de crédito, Mike Loughlin, afirmou que o banco prevê que as perdas com crédito e ativos de baixo desempenho aumentem, apesar de "alguma moderação" no ritmo de crescimento em alguns portfólios de consumo.