O mercado de trabalho no primeiro semestre deste ano deve contabilizar a abertura de cerca de 316 mil novos postos. Segundo informou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram criadas 136 mil vagas em junho, no quinto mês consecutivo de recuperação, após o aumento das demissões registrado devido aos efeitos da crise econômica.
[SAIBAMAIS]"No mês passado tivemos 136 mil empregos de carteira assinada. Nos Estados Unidos foram quase 700 mil pessoas que ficaram desempregadas no mês de junho. Este mês vamos crescer outra vez, e quando chegar o mês que vem, para a desgraça de quem não quer que o Brasil dê certo, a nossa economia vai crescer acima de 4% e a gente vai voltar a gerar a quantidade de riqueza que este país precisa", disse ontem, em Maceió, Lula.
Os dados do Cadastro Geral de Emprego (Caged) devem ser divulgados nesta quinta-feira (16/07). Caso se confirmem os dados de junho, a geração de postos de trabalho nos primeiros meses deste ano ficou abaixo do que esperava o ministro Carlos Lupi. No mês passado, ele estimou fechar o semestre com 350 mil a 400 mil novos empregos.
Para tanto, em junho, o país precisava criar cerca de 200 mil vagas formais, acima do patamar de 131 mil vagas abertas em maio - quando o acumulado do ano contabilizava resultado positivo de 180.011 novas vagas.
Melhor resultado desde setembro do ano passado (com 282,8 mil vagas), o saldo de maio representou a diferença entre 1,348 milhão de contratações e 1,217 milhão de demissões no período. Pela primeira vez no ano, houve aumento do emprego em todos os setores e todas as regiões do país.
A previsão de Lupi aponta para a geração de mais de 1 milhão de novos empregos com carteira (contra 1,4 milhão em 2008) e de que a economia irá crescer mais de 2%.