Apesar de não endossar o excesso de otimismo do governo, que já prevê crescimento econômico de 4,5% em 2010 e expansão de 5% em 2011 (veja matéria ao lado), boa parte do mercado financeiro está convencida de que o Brasil já saiu da recessão e está retomando gradualmente o fôlego da atividade. ;Temos visto um crescimento mais abrangente da produção industrial. E a retomada não se restringe aos setores beneficiados com o corte de impostos feito pelo governo;, disse o economista-chefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa.
Segundo ele, é esse comportamento que está levando vários analistas a preverem resultado ligeiramente positivo para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o que deverá se explicitar na pesquisa Focus, do Banco Central, nas próximas semanas. No levantamento divulgado ontem, os especialistas reduziram a estimativa de queda do PIB para este ano, de 0,50% para 0,34%. ;O quadro melhorou bastante nos últimos meses. Mas nada que nos habilite, pelo menos por enquanto, a falar em crescimento superior a 4% no ano que vem e no próximo. Se isso acontecer, será puramente um efeito estatístico, que não cria empregos. Eu prefiro ficar com a média do mercado, de avanço de 3,5% em 2010;, frisou.