Os países europeus anunciaram nesta sexta-feira (11/7) que pretendem reduzir o projeto de orçamento para 2010 em quase 2 bilhões de euros para o "disciplinar", em período de crise econômica, anunciou a presidência Sueca da União Europeia.
[SAIBAMAIS]
A reunião em que esta redução ficou acordada não mobilizou os ministros europeus encarregados destas questões, tendo estado presentes menos de 14 ministros em Bruxelas, reconheceu o secretário de Estado sueco Hans Lindblad.
A Comissão tinha feito uma previsão de 138,6 bilhões de euros para compromissos em 2010 e 122,3 bilhões em despesas com as políticas comuns, o que representa cerca de seis bilhões a mais do que em 2009.
Os governos reduziram as suas estimativas para os 137,9 bilhões de euros e para os 120,5 bilhões de euros para as políticas comuns, ou seja, uma redução de 1,8 bilhão.
Apesar destes cortes, as receitas estão em alta (3,1% em 2009) e as despesas aumentaram 3,8%, acrescentou Lindblad.
Cerca de 400 milhões de euros foram suprimidos das despesas com as políticas de estímulo à competitividade e ao emprego.
O orçamento para a Agricultura e Ambiente foi também revisto, tendo sido reduzido em 491 milhões de euros, dos quais 355 milhões faziam parte das previsões para operações de mercado e apoios diretos.
"O acordo de hoje é uma boa base de partida para as negociações" com o Parlamento e a Comissão, considerou Lindblad, acrescentando ainda que "as verdadeiras negociações vão começar em novembro." O Parlamento Europeu mostrou-se crítico numa primeira reação: "Em tempos de crise, a nossa prioridade deverá ser a segurança dos cidadãos. A começar pela segurança do emprego mas também a segurança das fronteiras externas e as ações para contrariar as alterações climáticas", considerou, em comunicado, o relator geral do orçamento da União, o conservador húngaro Laszlo Surjan.