As corretoras de câmbio trocaram o dólar comercial por R$ 2,002, alta de 0,50% sobre a cotação passada. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 2,030 e R$ 2. Na praça paulista, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,012, em um decréscimo de 0,46%.
Profissionais das mesas de operações apontaram um volume bastante baixo de operações nesta sexta-feira. volta das operações em São Paulo, após o feriado de ontem, não contribuiu para regularizar os negócios, bastante afetados pelo pregão de viés negativo da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
[SAIBAMAIS]O dia fraco de negócios não impediu que o Banco Central seu ausentasse do mercado. Perto das 15h (hora de Brasília), o BC promoveu seu habitual leilão de compra e aceitou ofertas por R$ 2,006 (taxa de corte). Desde o final de junho, as reservas internacionais variaram de US$ 208,425 bilhões para US$ 208,876 bilhões (dado de quarta-feira), o que revela o nível de atuação do BC nos negócios com a moeda americana.
"Quando você tem um mercado de baixa liquidez, com pouquíssimas operações, qualquer valor já afeta a formação dos preços", lembra José Carlos Benites, gerente da corretora de câmbio Moeda. Para o profissional, boa parte da alta do dólar nos últimos dias pode ser explicado por alguma especulação com a moeda: os negócios estão relativamente parados e os bancos têm "guardado" moeda para repassar a preços mais interessantes ao BC, o comprador regular.
Há também o aspecto do fluxo de saída. Em junho, a Bolsa de Valores teve saldo negativo de R$ 1,09 bilhão em investimentos estrangeiros. Neste mês, os investidores não-residentes continuam a tirar dinheiro: o saldo está negativo em R$ 854,2 milhões até o dia 6.