Jornal Correio Braziliense

Economia

Inflação da 3ª idade desacelera no segundo trimestre, diz FGV

O IPC-3i, índice que mede a variação de preços voltada para consumidores acima dos 60 anos de idade, fechou o segundo trimestre com alta de 1,15%, abaixo dos 2,65% apurados no primeiro trimestre, informou nesta sexta-feira (10/07) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

No primeiro semestre, o indicador aponta alta de 2,68%, e no acumulado dos últimos 12 meses apresenta avanço de 4,94%.

Com isso, o IPC-3i está acima do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) comum em todos os casos. No primeiro trimestre, o IPC subiu 0,98%, e acumula altas de 2,66% no primeiro semestre e de 4,87% nos 12 meses até junho.

Das sete classes de despesa, quatro apresentaram avanços e três recuaram na comparação com o primeiro trimestre. As quatro que avançaram foram Habitação (de 1,06% para 1,30%), Vestuário (de -1,01% para 1,93%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,50% para 2,26%) e Despesas Diversas (de 0,88% para 4,98%). As três que recuaram foram Alimentação (de 2,38% para 0,35%), Educação, Leitura e Recreação (de 1,86% para 0,98%) e Transportes (de 1,23% para -0,37%).

Entre os itens que são pesquisados na composição do índice, os que mais influenciaram positivamente no segundo trimestre foram o leite longa vida (31,27%), o cigarro (20,78%) e a batata inglesa (30,72%). Na outra ponta, ajudaram a reduzir a inflação o mamão papaya (-30,02%), a passagem aérea (-18,32%) e o feijão preto (-29,29%).

O IPC-3i se diferencia do IPC devido ao peso maior ou menor das classes de despesa. Alimentação, Habitação, Saúde e Cuidados Pessoais e Despesas Diversas têm maior peso no IPC-3i, enquanto que Vestuário, Educação, Leitura e Recreação e Transportes têm peso menor.