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Economia

Bovespa fecha em baixa de 0,56%, aos 49.177 pontos

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) emendou seu quinto dia consecutivo de perdas na jornada desta quarta-feira (8/7), véspera de feriado local (Revolução Constitucionalista). Analistas avaliam que o mercado continua a fazer "o ajuste à realidade", reagindo aos indicadores fracos da economia americana e europeia, que apontam para uma retomada mais lenta do que inicialmente esperado. A taxa de câmbio doméstica voltou a fechar acima dos R$ 2 pela primeira vez em três semanas. O termômetro da Bolsa, o índice Ibovespa, recuou 0,56%, aos 49.177 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,03 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 0,18%. O dólar comercial foi vendido por R$ 2,016, em alta de 1,15%. A taxa de risco-país marca 304 pontos, número 3,75% acima da pontuação anterior. [SAIBAMAIS]"O mercado de dólar pronto (à vista) também está um pouco sem liquidez, o que deixa a taxa ainda mais volátil. O Banco Central tem comprado bem todo dia, o que deixa os ´players´ com pouca margem de manobra", comenta Carlos Alberto Postigo, gerente de operações da Casa Paulista Assessoria Bancária, braço do Banco Paulista no segmento de câmbio turismo. Para o profissional, as taxas de câmbio devem oscilar entre R$ 1,95 e R$ 2 no curto prazo. A percepção de que a economia global vai se recuperar de maneira mais vagarosa ainda faz estragos nas Bolsas de Valores. No front doméstico, os investidores estrangeiros continuam a sair do mercado de ações doméstico, com saldo negativo na casa dos R$ 300 milhões nos primeiros pregões deste mês. O Fundo Monetário Internacional (FMI) ajudou a jogar um novo "balde de água fria" nas expectativas dos investidores ao piorar suas projeções de crescimento para este ano: em vez de uma contração de 0,1%, a entidade agora acredita que o PIB global deve encolher 1,4%. Por outro lado, o organismo elevou a projeção de crescimento da economia global em 2010 para 2,5% -- um acréscimo de 0,6 ponto percentual. Para o Brasil, o Fundo manteve a previsão para o PIB para 2009 --queda de 1,3%. EUA As notícias da economia americana tampouco ajudaram a melhorar os ânimos: o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) informou que a concessão de crédito aos consumidores contraiu US$ 3,2 bilhões entre os meses de abril e maio. Economistas do setor financeiro esperavam uma retração ainda maior, na casa dos US$ 9,5 bilhões. Ainda nos EUA, o Departamento de Energia informou que as reservas de petróleo caíram em 2,9 milhões de barris na semana passada, para uma cifra total de 347,3 milhões. O volume está 17,8% acima do patamar de 2008. Brasil O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou que o IPCA, índice oficial de inflação, teve alta de 0,36% em junho, ante 0,47% em maio. Em junho de 2008, a alta havia chegado a 0,74%. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,80%.