Jornal Correio Braziliense

Economia

FMI reduz previsão de PIB para 2009, mas eleva o de 2010

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a previsão de crescimento mundial para 2010, e afirmou que a economia mundial "está começando a sair da recessão". Apesar do otimismo, o órgão reduziu ainda mais a previsão de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) global para este ano. [SAIBAMAIS]A entidade prevê uma contração de 1,4% para o PIB global em 2009 - na leitura de abril a previsão era de queda de 0,1%. Já para 2020, aumentou em 0,6 ponto percentual, para um crescimento de 2,5%. Para o Brasil, manteve a previsão para o PIB para 2009 - queda de 1,3%. Em compensação, a previsão do PIB de 2010 subiu de 2,2% para 2,5%. "A boa notícia é que as forças que puxam a economia para baixo estão reduzindo de intensidade", disse o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard. "A má notícia é que as forças que empurram a economia para cima ainda estão fracas. O saldo está mudando lentamente, e isso nos leva a prever que, embora a economia mundial ainda esteja em recessão, a recuperação está vindo. Mas parece que será uma recuperação lenta." O FMI ainda antecipou para 2009 uma queda mais importante que o previsto do volume do comércio mundial de bens e serviços, de 12,2% no total, mas também previu um aumento um pouco maior que o esperado em 2010, de 1,0%. Segundo a instituição, os países ricos "não deverão ter uma recuperação significativa da atividade antes do segundo semestre de 2010". Entretanto, elevou consideravelmente, em 1,2%, a previsão de crescimento para o Japão, a segunda maior economia mundial, que deverá atingir 1,7% em 2010. Entre os países analisados pelo FMI, o que apresentou a pior queda em relação às projeções para 2009 foi o México. O tamanho da queda no PIB prevista praticamente dobrou - de 3,7% na previsão de abril para 7,3% na divulgada hoje. Em compensação, a entidade revisou para cima a previsão do PIB para os países emergentes da Ásia, notadamente de China (de 6,5% para 7,5%) e da Índia (de 4,5% para 5,4%). Isso se deve, segundo o relatório, "ao substancial estímulo macroeconômico, e a um retorno mais rápido que o previsto para os fluxos de capital".